23 dezembro, 2009

Surf feminino já não é mais um mito

Em 1968, quando o surf ainda era muito marginalizado e discriminado, surgiu em Santos uma das primeiras surfistas mulheres que se tem notícias no Brasil, Carla Canepa.

Na época ela não sabia que surfava para entrar na história do esporte na cidade. Carla foi a primeira surfista profissional do Brasil e quando entrava no mar era a única mulher presente. Ela conta que no começo só podia surfar com as pranchas dos caras que já haviam saído do mar e estavam "descansando".

O pai, vendo que filha realmente era apaixonada pelo esporte resouveu presenteá-la no Natal com uma prancha. "Eu fiquei muito epolgada, tivemos que ir duas vezes ao Rio (de Janeiro) para tirar as medidas e depois para buscar a prancha, que demorava uns dois meses para ficar pronta. Eu vim segurando a prancha no caminho de volta inteiro", diz Carla.

Hoje, Carla tem 56 anos, é médica e já não se arrisca mais nas ondas, mas passou a paixão do esporte para o filho, que surfa desde pequeno.

Santos conta agora com mais uma revelação no feminino, Gisele Garcia, campeã paulista, santista, universitária e que já junta vários títulos. Gisele foi revelada na escolinha do Cisco Araña, a qual já citamos aqui diversas vezes.

As mulheres provaram mais uma vez que não ficam atrás dos homens e que não importa o preconceito, podem sim surfar e ganhar títulos, podem representar e muito bem, o surf brasileiro!

Ah, apenas um lembrete, as mulheres não entraram tarde no esporte não, na década de 30, enquanto Osmar Gonçalves e Thomas Rittscher já se aventuravam nas ondas, a irmã mais velha de Thomas, Margot, já se equilibrava nas ondas.

A foto é de divulgação da New advance equipe e que aparece é Gisele Garcia.

Aloha!

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